Flicts

Em 1996, num pequeno bairro paulistano encravado entre Pirituba e Freguesia do Ó, os irmãos Arthur (guitarras e vocais) e Rafael (bateria), criaram a centelha que daria origem ao Flicts, grupo que responderia por uma das mais coesas e contagiantes sonoridades do punk rock nacional. Ao mesmo tempo, mas do outro lado de São Paulo, na Cidade Ademar, o baixista Jeferson fortalecia o Agrotóxico, talvez o mais importante e genuíno representante do hardcore punk brasileiro da atualidade.

Após um ano de ensaio, decidem gravar a primeira demo em 1997: “Matando a Pau!”. A banda começa a tocar pelos becos e bares de São Paulo. Depois de dois anos, decidem partir para uma gravação de mais qualidade e lançam a segunda demo: “Apesar das Aparências Ainda Somos a Escória”. Totalmente no esquema “Faça Você Mesmo, fazem 500 cópias e começam a distribuir nos shows.

Aproveitando toda e qualquer oportunidade, participaram do Skema 110, projeto para bandas iniciantes realizado pelo Hangar 110. Logo em seguida, foram convidados para abrir o show de 20 anos do Cólera no dia 18 de Julho de 1999. Recebem, então, a proposta para o lançamento de um split com a banda Os Excluídos. O disco “Apostando Tudo” foi lançado em 2000 pela SUBWAY Records.

Em 2002, também pela SUBWAY Records, lançam o primeiro disco solo “Canções de Batalha”. O título resumia a trajetória e postura do Flicts: música, anarquia, amizade e combate, misturados a muita cerveja. Em 2003, o grupo passa a tocar por mais cidades do Estado de São Paulo e também de outras partes do país como Volta Redonda e Barra Mansa (RJ) e Curitiba (PR).

As músicas saem em algumas coletâneas aqui no país e também no exterior. Também em 2003, o “Canções de Batalha” sai na Europa pelo selo alemão True Rebel Records, de Hamburgo.

Em 2004, a banda lança outro split, dessa vez com os amigos do Agrotóxico: “Third World Jihad” pelo selo Dirty Faces. O disco sai apenas na Europa, em um primeiro momento. Em setembro, ambas as bandas fazem uma tour por países europeus, justamente para divulgar o disco. Foram 27 shows em 30 dias por oito países como Alemanha, Holanda, Austria, República Checa, Itália e França.

Em meados de 2005, com shows cada vez mais constantes, Rafael (baterista), comunica os que estava deixando a banda. Diante da tal decisão, os outros membros do Flicts decidem não continuar. Porém, desde então, por diversas razões, a banda acabou subindo ao palco pelo menos uma vez por ano. Em 2007, o grupo decide registrar músicas que não tinham sido gravadas ainda e lança a versão nacional do split “Third World Jihad”.

Em 2010, o Flicts decide voltar. Passam a ensaiar e a compor novas músicas para um segundo disco solo que é lançado pelo selo RedStar Recordings no ano de 2013: “Singelos Confrontos”. Nesse período, dividem o palco com nomes como Jello Biafra and The Guantanamo School of Medicine (USA), D.O.A, Cockney Rejects(ING), os argentinos do Ataque 77 e 2 minutos e também de bandas nacionais como Ratos de Porão, Garotos Podres, Replicantes, etc…

Nos anos seguintes, a banda passa por cidades como Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Curitiba, Caxias do Sul, levando sua música para diferentes partes do país. Pela primeira vez, o grupo tem a oportunidade de fazer uma mini-tour em território argentino, tocando no lendário Salón Pueyrredon, em Buenos Aires.

Em 2019, o Flicts completa 23 anos de estrada, de fermentação e envelhecimento em barris de amor, ódio, subversão anarquista e diversão anárquica que têm como resultado um punk rock característico com sabor encorpado, borbulhando amizade e liberdade.

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